quinta-feira, 25 de outubro de 2007

8: Roupa casual

Não percebo os olhares na rua. Não sei porque variam com os dias, os momentos e as alturas. Não percebo porque me tratam com respeito, com carinho e cuidado por vezes; e como por vezes, me viram os olhos, me torcem o nariz e me dão um ar de "não és digno de estar perante mim".

Percebo ainda menos como me abrem as portas, me tratam bem, e me perguntam se quero jantar, como se fosse amigo de longa data. Como não me olham de cima a baixo, como antes, como me cumprimentam e rejubilam de estar ao meu lado.


Mas há algumas curiosidades nestes casos. Há repetições de padrões. Há movimentos em consonância, há falsas simpatias conjuntas.

Basicamente, bastantes dias são de fato, os restantes em roupa informal. No dia a dia de trabalho, o fato é obrigatório, e todos são maravilhoso.

Não percebo porquê as atitudes diferentes quando ando de fato treino ou calções e t-shirt.


Deixo de ser o "sr. dr."?

3 comentários:

Tosttas disse...

Exacto! Também nunca percebi essa tendência... Mas faz-me pensar que se os pedintes ou arrumadores fizessem a barba e cheirassem melhor, ou menos mal, como queiram, de certeza que tinham mais probabilidade de levar gorjeta mais elevadas. Pelo menos das senhoras...

Anónimo disse...

ou então não...é mau, é errado mas consciente ou inconsciente/, todos nos deixamos afectar pela percepção que temos do aspecto físico dos outros.
Diz-me: no metro, num autocarro, como escolhes o lugar onde te sentas, onde te posicionas? nunca o escolheste com base nas pessoas que lá se encontram?

VV disse...

Tosttas: concordo, mas tinham que andar barbeados!

Acho curiosa essa afirmação. Hoje ia escrever um post sobre o facto de ninguém se sentar ao meu lado no autocarro. Explica lá porquê, Filipa...? :P